quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Visita ao Museu da Pampulha



O museu da Pampulha me surpreendeu. A primeira vista não notei nada demais, mas ao caminhar por ele percebi os inúmeros detalhes e entendi porque é tão famoso e bem conceituado. A mistura de curvas e retas se complementam na estrutura do edifício. Depois das explicações do professor Cabral, entendi melhor as pretenções de Niemeyer ao construir o atual museu, antigo cassino em 1943. Achei muito interessante o meio pavimento, em que você pode visualizar tanto a parte de cima quanto a parte de baixo do museu, naquela época em que existia o jogo de sedução nos cassinos, as pessoas ficavam observando as outras por esse pavimento e também pela parede de espelhos que é grandiosa. O luxo é marcante no museu, pedras chamadas Alabastro de origem argentina revestem as muretas, o chão é de pedras portuguesas, e o aço é americano. O jardim projetado por Burle Marx está em sintonia com a lagoa, na época do cassino ele usou plantas tropicais que não eram muito usadas naquele tempo. Existem também ambientes em que você se sente ao mesmo tempo dentro e fora do edifício, podendo se fazer aí uma relação com Herman Hertzberger em suas discussões sobre público e privado.
O edifício não funciona bem como museu, devido ao fato de as paredes serem de vidro e a luminosidade ser grande, porém nos anos quarenta ele era totalmente adequado para funcionar como cassino.

Nenhum comentário: